Revolução Industrial
Um conjunto de mudanças (tecnológicas, econômicas, sociais e culturais) transformou, a partir do século XVIII, a sociedade agrária europeia na moderna sociedade industrial.
A partir dela, milhares de pessoas trocaram a atividade agrícola pelo trabalho nas fábricas. Assim, foram modificados os antigos modos de vida, alterou-se a fisionomia das cidades e o capitalismo iniciou sua fase decisiva de ascensão. Muitas tarefas que dependiam da força muscular do homem passaram a ser desempenhadas por máquinas. E, dessa forma, o processo de produção transferiu-se das casas e pequenas oficinas para as fábricas, onde exigiu o trabalho coletivo de dezenas e, mais tarde, centenas de trabalhadores.
A Economia Depois da Revolução Industrial
A nova economia estabeleceu-se com dois tipos de proprietários: os detentores do capital, que possuíam condições de comprar as máquinas, matérias-primas e alimentos, e os trabalhadores livres que abandonaram o campo para vender apenas sua capacidade, sua força de trabalho. Na Inglaterra, país que caracteriza a Revolução Industrial, o sistema de produção doméstica foi eliminado com a transformação dos pequenos produtores em assalariados.
Ao lado das transformações econômicas, houve grande desenvolvimento da técnica, orientado principalmente no sentido de poupar mão-de-obra. A primeira das grandes invenções industriais foi a lançadeira volante para algodão, construída por John Kay em 1733, seguida pela máquina de fiar, realizada por Lewis Paul e John Wiatt, em 1738.
Ao mesmo tempo, outros setores começaram a se desenvolver, sobretudo com a construção das máquinas a vapor. Mas um dos maiores impactos na indústria e no capitalismo do século XIX foi causado pela introdução da locomotiva, criada por George Stephenson, que permitiu o desenvolvimento das ferrovias e de melhores comunicações entre as indústrias e os centros consumidores.
Desemprego Durante a Revolução Industrial
O período da Revolução Industrial entre 1840 e 1870 representa uma das suas etapas mais contraditórias, pois, enquanto florescia a grande indústria, os trabalhadores enfrentavam o desemprego em massa. Além de poupar mão de obra, as novas máquinas trabalhavam mais rápido e com maior perfeição. Homens, mulheres e crianças trabalhavam de doze a dezesseis horas por dia.
O desenvolvimento das indústrias provocou o crescimento do setor financeiro, a partir de 1850 surgiram os grandes bancos e os estabelecimentos de crédito. O progresso técnico levado à agricultura aumentou o êxodo de camponeses para as cidades industriais. Para enfrentar a crise de desemprego surgiram então os sindicatos e as leis sociais que limitavam as horas de trabalho e proibiam e emprego de crianças.