Imigração

Quando as pessoas mudam de uma região ou país para outro, elas fazem uma migração: emigram do lugar de onde saíram e imigram para seu novo ambiente. As imigrações intensas podem causar problemas sociais, pelas mudanças que provocam. Geralmente a própria imigração resulta de um problema social (como o desemprego) do lugar onde as pessoas moravam.

Uma das maiores imigrações da era moderna foi a dos europeus para as Américas. Houve outras importantes, como a de hindus para a África, de chineses para a Malaísia e Indonésia, de europeus para a África e Austrália e de japoneses para o Brasil. Mas a vinda de europeus para as Américas, iniciada no século XVI, foi a mais intensa, sobretudo a partir do fim do século XIX. Sua causa principal foi o desequilíbrio que havia na Europa entre o grande crescimento da população e o desenvolvimento econômico mais lento. Assim, o número de trabalhadores disponíveis crescia muito mais rápido que a oferta de empregos. A chegada de camponeses que tinham ficado sem trabalho por causa do uso de máquinas na agricultura aumentava ainda mais o desemprego nas cidades. E, como havia muitos trabalhadores, os salários baixavam. Por isso, cada vez mais europeus seguiam para a América. A maioria mudava para os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.

locomotiva

Muitos imigrantes chegavam de trem

Esse movimento imigratório atingiu o ponto máximo nas duas primeiras décadas do século XX, quando já começava a causar problemas nos países americanos, saturando o mercado de trabalho. Depois da Primeira Guerra Mundial, os governos de alguns países, sobretudo dos EUA, limitaram a imigração.

A Imigração no Brasil

No Brasil adotou-se a imigração para substituir o trabalhador escravo pelo assalariado, sobretudo na lavoura de café. Ela tornou-se maior a partir de 1875, quando a escravidão já fora parcialmente abolida (não havia mais tráfico de escravos da África e os filhos de escravos já eram livres). Grande parte dos imigrantes dirigia-se para a província de São Paulo, onde se concentravam as plantações cafeeiras. No sul do país, os imigrantes foram utilizados para colonizar, como proprietários, regiões despovoadas, ao contrário de São Paulo, onde eram contratados pelos donos de terras. A maior imigração aconteceu na década de 1890, quando entraram no país 1.125.000 estrangeiros. Em um século, de 1850 a 1950, chegaram ao país 4.800.000 pessoas, sobretudo italianos (1.540.000), portugueses (1.480.000), espanhóis (600.000), alemães (230.000) e japoneses (190.000). Grande parte dos que vieram como trabalhadores rurais e colonos não continuaram ligados à agricultura: dedicaram-se ao comércio a à indústria, contribuindo para o desenvolvimento nacional. Eles participaram da industrialização e do crescimento populacional, sobretudo na região Centro-Sul, e se integraram gradativamente à vida econômica e social.

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