O período que se seguiu à Revolução Industrial (ocorrida em alguns países da Europa entre meados do século XVIII e do século XIX) caracterizou-se pela exploração desumana dos operários das manufaturas. As jornadas de trabalho eram de catorze a dezessete horas tanto para homens, como para mulheres e crianças. Os salários eram baixíssimos e as condições de higiene das fábricas eram precárias. Além disso, era elevado o número de desempregados.

As Revoltas

Esta situação provocou diversas revoltas, como a dos operários ingleses, que tentaram, em 1820, destruir as máquinas, consideradas a causa do desemprego. Em 1831 teve também a revolta dos tecelões franceses, na cidade de Lião.

Símbolo do socialismo

A crescente inquietação social decorrente da industrialização atraiu atenção de pensadores humanistas, entre os quais se destacaram o francês Saint-Simon e o inglês Robert Owen, que propuseram reformas destinadas a acabar com as desigualdades econômicas e sociais, mas não apontaram os caminhos para se chegar a esse objetivo. Por esse motivo, eles ficaram conhecidos como socialistas (defensores de uma sociedade igualitária) utópicos (por não terem ideia de como realizar seu intento).

Posteriormente, outros pensadores, principalmente Louis Blanc, Auguste Blanqui e Pierre Joseph Proudhon, propuseram a tomada do poder pelos operários e a abolição da propriedade privada como as vias para implantação de uma sociedade socialista. Coube, porém, aos filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels lançarem as bases do chamado socialismo científico, regime que deveria ser implantado, não simplesmente com o objetivo de promover a justiça, mas como solução racional para as contradições que apontavam na sociedade capitalista.

Para eles, o socialismo seria alcançado quando a classe operária, organizada, tomasse o poder e suprimisse a propriedade privada dos meios de produção (fábricas, terras, etc.). O movimento socialista ganhou força na segunda metade do século XIX e internacionalizou-se nas primeiras décadas do século XX.