O “pai da aviação“, Alberto Santos Dumont, nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, em Palmira (hoje Santos Dumont), no Estado de Minas Gerais. Desde cedo mostrou grande vocação para a mecânica. Em Paris, para onde se transferiu com sua família em 1891, Santos Dumont dividia seu tempo entre subir em balões e participar ou organizar corridas de automóveis.

Depois de muita observação e pesquisa a respeito de balões, Santos Dumont encomendou um balão diferente ao engenheiro francês Lachambre: seu formato era esférico, com invólucro de seda japonesa envernizada. Apesar do ceticismo de todos, o balão, de nome “Brasil“, alcançou o céu parisiense em 4 de julho de 1898, o que tornou Santos Dumont conhecido em toda a cidade. Três anos depois, ele recebeu o prêmio de 100.000 francos oferecido a quem conseguisse circunavegar a Torre Eiffel em um balão dirigível, em menos de trinta minutos.

Santos Dumont

Os títulos de renda e ações recebidos de seu pai quando fez 18 anos lhe permitiriam financiar suas experiências e aprender tudo sobre motores a explosão. Com isso, continuou suas experiências, em busca de seu sonho: voar em algo que permitisse controlar seu próprio curso.

O 14-Bis

Santos Dumont continuou aperfeiçoando seus modelos. Após receber uma carta elogiosa de Júlio Verne em 1903, sentiu-se incentivado a tentar novas experiências, não mais com balões, mas com aeroplanos. Assim, no dia 23 de outubro de 1906, voou com seu 14-Bis, o que lhe valeu os prêmios Aeroclube e Archdeacon, além da paternidade da aviação e da glória de ter sido o primeiro a voar com “o mais pesado que o ar”.

Desgostoso com a utilização dos aviões como meio de destruição, Santos Dumont suicidou-se durante a Revolução de 1932, no dia 23 de julho, quando viu passarem aviões brasileiros com a missão de destruir um cruzador paulista ancorado em Santos.