Guerra dos Mascates

No século XVIII, na cidade de Olinda, sede do governo de Pernambuco, concentrava-se a aristocracia rural. Próximo a Olinda, situava-se o povoado de Recife, cujos habitantes, na maioria comerciantes portugueses, haviam recebido dos olindenses a alcunha pejorativa de mascates. Na realidade, muitos senhores de engenho deviam dinheiro a esses comerciantes, cuja importância aumentava a cada dia.

Sentindo sua ascensão econômica, os mascates quiseram elevar Recife à categoria de vila, obtendo, assim, maior autonomia. Os governadores nomeados em Portugal eram favoráveis à luta dos comerciantes e, em 1707, o governador Sebastião de Castro Caldas elevou Recife à categoria de vila, provocando revolta em Olinda. Em 1710, um grupo de olindenses marchou contra Recife: ocuparam a cidade e elegeram um novo governador, que atuaria de acordo com Olinda.

Guerra dos Mascates

A Guerra dos Mascates foi narrada por José de Alencar no livro de mesmo nome

A Vitória dos Mascates

Reagindo a essa situação, os recifenses aprisionaram o novo governador. Os olindenses, por sua vez, cercaram Recife durante três  meses, até que Félix de Vasconcelos, declarando-se neutro, assumiu o governo em Olinda, a 10 de outubro de 1711. Pouco tempo depois, ele já apoiava os mascates, reprimindo os olindenses: seus principais líderes foram presos e deportados. Recife permaneceu na categoria de vila e, ao transformá-la em sede da capitania, Félix de Vasconcelos consolidou a vitória dos mascates.

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