Os grandes cursos de água que se movem dentro dos oceanos originam-se principalmente dos ventos, quando ocorrem na superfície. Mas também há correntes em águas profundas e, nesse caso, dependem da temperatura e outros fatores. Observando o fenômeno em meados do século XIX, o geógrafo Humboldt afirmou que as águas superficiais do oceano movem-se a partir do equador, para os pólos terrestres, e que esse movimento é compensado por outro, contrário, nas águas profundas.

Há cinco grandes movimentos circulares nos oceanos: dois no Pacífico, dois no Atlântico e um no Índico. Essas correntes seguem a direção dos ponteiros do relógio no hemisfério Norte e a direção contrária no Sul.

As correntes podem afetar muito os climas de certas terras. As águas quentes da corrente do Golfo, que banham a costa noroeste da Europa, aquecem o ar e degelam um porto norueguês situado no círculo polar ártico. Na América, uma corrente fria que desce do Ártico faz a Península do Labrador ter em janeiro uma temperatura 7 graus mais baixa que a Escócia, situada na mesma latitude.

As correntes profundas são mais frias e densas. Uma sobe do Atlântico norte para o Ártico, levando plantas que sustentam a população animal. Uma outra, mais profunda, vai em direção ao equador.

Algumas das principais correntes oceânicas

Correntes Oceânicas do Oceano Atlântico

As principais correntes que cortam o oceano Atlântico são: a do Golfo, que nasce entre Cuba e a Flórida e segue para o norte; do Labrador, que desce do Ártico pelas costas da Groenlândia, Canadá e Estados Unidos; da Groenlândia Oriental, que desce pela costa oriental da Groenlândia; das Malvinas, que sobe da Antártida pelo litoral sul-americano, até o rio da Prata; da Benguela, que sobe da Antártida pela costa ocidental da África; e a Sul Equatorial, que corre para oeste, junto ao equador e, ao aproximar-se da América do Sul, divide-se em duas: a das Guianas, que bordeja a costa guianesa e volta-se para as Antilhas; e a do Brasil, que segue para o sul junto à costa brasileira.