Chamamos de fenômenos periódicos tudo que se repete da mesma forma, em um mesmo intervalo de tempo. O dia e a noite, por exemplo. São fenômenos periódicos pois todos os dias o sol raia no mesmo horário, dando início ao dia, e se põe, também no mesmo horário, dando início à noite.

Estes fenômenos estão presentes tanto no nosso dia-a-dia quanto em ciências, como a matemática e biologia. Os fenômenos periódicos são aqueles que acontecem espontaneamente, mesmo que com a influência do ser humano. Porém, a ação humana não pode ser sua única causa.

A Importância dos Fenômenos Periódicos

Esses fenômenos periódicos são muito importantes para a contagem do tempo. Nosso calendário, por exemplo, foi construído a partir de corpos celestes que executam movimentos periódicos. O movimento da Lua também é um fenômeno periódico. Todos os dias ela dá uma volta em torno da Terra, periodicamente, ou seja, todos os dias e la faz o mesmo trajeto, em um mesmo período.

Esses fenômenos periódicos também são muito usados em construção de gráficos, estudos dos seres humanos, da Terra, etc. Isso porque é muito mais fácil prevermos o acontecimento de algo se isto já tem uma ocorrência anterior. Principalmente, se esta ocorrência é periódica.

No que se tange ao ser humano, o conhecimento dos fenômenos periódicos é necessário para que a vida se torne mais previsível. Por exemplo, caso não soubéssemos que a cada 28 dias as mulheres têm o seu ciclo menstrual, isso seria como uma surpresa. Ou seja, com o conhecimento destes ciclos é possível nos programar.

O movimento da lua é um exemplo de fenômeno periódico

Porém, o mais importante acerca dos fenômenos periódicos é que, se caso ele falhar e não ocorrer, isso indica um desequilíbrio. Por exemplo, se algum dia o Sol não nascer, não completando o ciclo, isso acarretará diversas consequências. É necessário para o equilíbrio da Terra que os fenômenos completem os seus períodos.

Como eles não são decorrentes da escolha humana, da criação humana, então significa que são necessários à manutenção da vida terrestre.

É importante ressaltar que nem todo fenômeno natural é periódico. Os fenômenos naturais são chamados também de desastres naturais, apesar de não serem exatamente isso. Eles são apenas acontecimentos naturais que não ocorrem devido a ação humana. Podem ocorrer com uma frequência determinada ou não. Por exemplo, a chuva é um fenômeno natural, mas não é periódico. Isso porque não existe um período certo para que chova novamente, o que leva regiões a ficarem sem chuva por meses.

Entretanto, as estações do ano são fenômenos naturais e periódicas. A cada doze meses a estação se repete. Por exemplo, houve a época do verão, e daqui a doze meses, acontecerá novamente.

Exemplos de Fenômenos Periódicos

Além do amanhecer e entardecer, que fazem com que aconteçam o dia e a noite, existem muitos outros fenômenos periódicos no nosso dia-a-dia. O que ocasiona estes fenômenos é na verdade outro, a rotação.

A rotação é o giro que a Terra realiza em tono dela mesmo, e o período é de 24 horas. Caso não houvesse a rotação, não existiria a noite e o dia, pois haveria apenas dia de um lado do planeta e noite do outro. A translação é outro movimento terrestre, mas desta vez é o que a Terra realiza ao redor do Sol, com um período de  365 dias.

A função sen x é um exemplo de fenômeno periódico, pois a cada período de 2π tudo volta a se repetir. Veja:

sen 0 = 0, sen 90º= 1 , sen 180º= 0, sen 270º= -1, sen 360º(ou 0º) = 0.

As fases da lua também é um bom exemplo, que se repetem a cada 28 dias. Portanto, este é um fenômeno físico periódico que possui um período de 28 dias, com 4 fases (nova, crescentes, cheia e minguante, que duram sete dias cada uma. Logo, 4 x 7 = 28 dias).

Outro fenômeno natural e periódico muito conhecido é o El Niño. Ele é um fenômeno climático, caracterizado pelo aquecimento da água do Oceano Pacífico. O El Niño acontece a cada quatro anos, perto do Natal, por isso o nome “Niño”, que significa “menino”, fazendo referencia ao menino Jesus.

Nos anos de ocorrência do El Niño, os ventos alísios sofrem um enfraquecimento. Comumente, os alísios servem para soprar o vento de leste a oeste. Assim, as águas quentes do Pacífico ficam acumuladas na área Austrália e Indonésia, ocasionando chuvas, e na área da América do Sul permanecem as águas frias, levando micro-organismos para a costa.

Porém, como o enfraquecimento dos ventos alísios, a água quente do Pacífico não fica retida onde deveria e vai em direção à América do Sul. Apesar do El Niño ocasionar muitas consequências consideradas maléficas, ele é necessário.