A Inquisição

Com o objetivo de impedir a divisão da Igreja, ameaçada por várias heresias, criou-se no século XIII a Inquisição, um tribunal com plenos poderes para perseguir e condenar todas as pessoas que eram contrárias às doutrinas oficiais.

Composto de um padre e três leigos de reputação, esse tribunal concedia o direito de defesa ao acusado. No entanto, se este negasse a culpa, o tribunal aconselhava-o a confessar, prometendo indulgência; caso contrário, a Inquisição recorria a métodos violentos. Assim, as torturas eram permitidas sempre que os juízes estivessem convencidos da culpa do acusado. Na maioria das vezes, os prisioneiros não suportavam as torturas e acabavam confessando, mesmo sendo inocentes.

Depois da confissão, publicava-se a condenação. As mais eram o confisco dos bens, a destruição de propriedades e a prisão perpétua. A flagelação e a morte na fogueira também eram aplicadas com frequência. No século XIV, a Inquisição passou a ser usada para defender os interesses dos soberanos, que desse modo, castigavam seus inimigos.

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Mortes na fogueira eram condenações frequentes

O Fim da Inquisição

Apesar da violenta perseguição que moveu contra protestantes e judeus (principalmente na Espanha, onde condenou milhares de pessoas), a Inquisição não conseguiu impedir o estabelecimento da Reforma a partir do século XVI. Aos poucos seus poderes foram diminuindo. O Brasil teve tribunais de Inquisição desde 1591 (quando foram condenadas mais de cem pessoas) até 1761.

Oficialmente a Inquisição continuou existindo até 1965; nesse ano, o papa Paulo VI mudou os nomes e métodos do tribunal, que passou a se chamar Congregação para a Doutrina da Fé. Sua principal função é condenar livros cuja leitura considera perniciosa.

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