Pré – Modernismo
O Pré-Modernismo é uma fase, e não uma escola, da literatura brasileira que ocorreu nos anos anteriores à Semana de Arte Moderna e que caracteriza a passagem entre o Parnasianismo e o Modernismo. O contexto histórico que marca este período é o fim da abolição da escravatura e a chegada de imigrantes ao Brasil para substituir a mão de obra escrava.
O Brasil vê surgir uma nova classe social (os operários) e a mudança da ordem econômica até então vigente: o cultivo de cana de açúcar no Nordeste entra em declínio e dá lugar ao café no Sudeste. Apesar disso as condições sociais continuavam ruins e a sociedade ainda era dividida entre as classes baixas (os recém libertos e operários) e a elite cafeeira. Nesse contexto de mudanças e, principalmente, de desigualdade social e revoltas causadas por ela (como a Revolta da Chibata e de Canudos) surge o pré-modernismo, composto de obras e autores com formas e temáticas semelhantes.
Características do Pré-Modernismo
- exposição da real situação da sociedade brasileira
- rompimento com a linguagem suntuosa usada no parnasianismo
- regionalismo
- constante associação com fatos políticos e econômicos da época
- marginalização dos personagens humanos
Principais autores e obras
Os principais nomes do Pré-Modernismo foram Augusto dos Anjos, na poesia, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato. As obras de maior destaque são Os Sertões (Euclides da Cunha), que aborda de forma quase jornalística a Guerra de Canudos e O triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto), que aborda a sociedade urbana da época de forma crítica.