Líder político da União Soviética e principal figura do comunismo internacional durante quase trinta anos, Stálin chamava-se realmente Iossif Vissarionovich Dzhugashvili. Filho de um sapateiro, nasceu em 1879 numa aldeia da Geórgia. Expulso em 1899 do seminário de Tiflis, logo tornou-se membro do Partido Social Democrata Russo. Foi preso e exilado várias vezes.

Com a Revolução de 1917, foi nomeado comissário das Nacionalidades e, durante a guerra civil, inspetor na frente de batalha. Em 1922, tornou-se secretário geral do Partido Comunista. Defendia a tese do “socialismo em um só país” e por isso opunha-se a Trótski, para quem a Rússia deveria levar a revolução a outras nações.

Stálin

Após a morte de Lênin, em 1924, Stálin formou, juntamente com Zinovyev e Kamenev, um triunvirato para governar o país. Em 1927, contudo, passou a governar sozinho. No ano seguinte, adotou medidas de força para promover a coletivização da agricultura e implantou os planos quinquenais que aceleraram a industrialização do país.

Em virtude da ameaça representada pela Alemanha nazista, Stálin levou a União Soviética a aproximar-se das democracias ocidentais. Ao mesmo tempo, instauraram-se os processos em que foram expurgados os dissidentes, inclusive no Partido Comunista e no Exército Vermelho (1936/38). Apesar do acordo de não-agressão com a Alemanha, firmado em 1939, as tropas nazistas invadiram a União Soviética em 1941. Finda a guerra, vários países da Europa contavam com governos socialistas, favoráveis à União Soviética. Stálin passou a liderar o “bloco socialista” durante o período de guerra-fria, até sua morte, em 1953.