Quilombo dos Palmares

Na época da escravidão, os negros que conseguiam fugir dos seus senhores se reuniam em comunidades chamadas de quilombos. Além dos negros, os quilombos abrigavam índios e mestiços vítimas da escravidão. Essas comunidades se localizavam em locais de difícil acesso, para dificultar uma possível recaptura. Além disso, os quilombolas escolhiam locais perto de estradas, para que pudessem fazer saques, que garantiam sua sobrevivência.

Na serra da Barriga, atual região de Alagoas, foi instalado o mais conhecido quilombo da história, o Quilombo dos Palmares. Com a invasão dos holandeses, entre as décadas de 1630 e 1650, o Quilombo dos Palmares cresceu muito, se tornando uma espécie de confederação, que abrigava os quilombos da região.

Zumbi

Zumbi dos Palmares, líder da resistência negra contra a escravidão

Essa comunidade forte e organizada incomodava o governo, que tentou acabar com o quilombo. Não conseguiram e, em 1678  o governador de Pernambuco, Aires Sousa e Castro, e Ganga Zumba, importante líder palmarino, assinaram o chamado “acordo de Recife”. Nesse acordo, ficava tratado que os negros nascidos no Palmares seriam livres.

Ganga Zumba foi envenenado por seus próprios companheiros, que não aceitaram o acordo. Com isso, quem passou a liderar o quilombo foi Zumbi, que não queria acordo com o governo e continuou com os conflitos.

Diante de tais conflitos, Zumbi foi morto em 1695, um ano depois que as forças oficiais, sob a liderança do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, quase acabaram com o Quilombo dos Palmares. Zumbi foi degolado e sua cabeça foi enviada para Recife, como sinal da vitória dos bandeirantes sobre os quilombolas.

Hoje em dia ainda existem muitos movimentos negros no Brasil, que lutam contra o preconceito racial. Os integrantes desses movimentos reverenciam os quilombolas do Palmares, principalmente Zumbi, que morreu defendendo os escravos dos quilombos. No dia de sua morte, 20 de novembro, comemora-se o Dia da Consciência Negra.

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