Guerra da Coréia

Depois da expulsão das tropas japonesas, ao término da Segunda Guerra Mundial, o território coreano viu-se dividido em dois países, cada qual adotando um regime político-econômico completamente diferente.

Anexada pelo Japão em 1905, a Coréia havia sido declarada independente em 1943, por decisão dos Aliados na Conferência do Cairo. Nova conferência (a de Ialta, em fevereiro de 1945) dividiu provisoriamente o país em duas zonas de administração: uma soviética e outra americana, separadas pelo paralelo 38. Ao norte, o Partido Comunista, que se formara na luta contra o Japão, proclamou em setembro de 1945 a República Democrática Popular da Coréia, com sede em Pyongyang. No sul, o líder político Syngman Rhee não aceitou a liderança comunista e, apoiado pelo governo militar americano instalado em Seul, proclamou a República da Coréia.

paralelo 38

Paralelo 38

Em 1948, as negociações para reunificação se interromperam e surgiram conflitos na fronteira. Em outubro de 1949, Syngman Rhee afirmou que poderia ocupar Pyongyang em três dias. A 25 de junho de 1950, tropas da Coréia do Norte ultrapassaram o paralelo 38 e ocuparam Seul em três dias. Os EUA obtiveram da ONU uma condenação formal da invasão e deslocaram tropas de suas bases no Japão para enfrentar os norte-coreanos. As tropas do norte ocuparam quase toda a península, exceto Pusan, no extremo sudeste.

Uma manobra do general MacArthur, que comandava as tropas dos EUA em nome da ONU, mudou o rumo da guerra: a 15 de setembro, navios americanos desembarcaram forças perto de Seul, que foi reocupada dias depois. Os nortistas ficaram isolados em Pusan e foram rapidamente vencidos. Retomada toda a Coréia do Sul, as tropas da ONU marcharam para o norte e ultrapassaram o paralelo 38. Sua proximidade da China fez o estrategista chinês Lin Piao deslocar tropas para a Coréia. Usando a tática de guerrilhas, os chineses detiveram os americanos e os forçaram a recuar. A 31 de dezembro de 1950, os chineses e norte-coreanos cruzaram o paralelo e logo ocuparam Seul. Com a chegada de mais tropas da ONU, eles recuaram. A 31 de março 1951, os adversários estavam novamente postados ao longo da fronteira e a guerra alcançara um ponto morto.

Por proposta da URSS, a ONU pediu um acordo de paz e as negociações começaram. Mas os combates prosseguiram até 27 de julho de 1953, quando se assinou o acordo, que mantinha a fronteira no paralelo 38. Mas as duas Coréias continuaram encarando a divisão como provisória.

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