Introdução à Gramática

Gramática é a sistematização dos fatos contemporâneos de uma língua. Entende-se por fatos de uma língua os elementos fundamentais que a compõem, isto é, os sons, as palavras e as relações entre as palavras. A gramática serve para sistematizar a linguagem escrita, de forma a estabelecer um código de fácil entendimento para todos que a conheçam.

Existem quatro tipos de gramáticas, a normativa, a descritiva, a histórica e a comparativa. Elas regem a língua, de acordo com diferentes aspectos. Além disso, a gramática também é dividida em fonologia, morfologia e sintaxe. Confira abaixo mais sobre.

Conhecendo a Gramática

Na expressão “O dia está claro” encontram-se diversas palavras. Essas palavras são constituídas de sons e relacionam-se umas com as outras. Assim, “o” se relaciona com “dia”, “está claro” se refere a “o dia”, etc. Além disso, esses sons, essas palavras e mesmo essas relações pertencem todos a um determinado momento da língua portuguesa, ou seja, são contemporâneos.

Essa contemporaneidade é essencial à gramática. Pode-se ordenar os fatos da língua portuguesa no século XIII, estabelecendo-se uma gramática daquele século. Mas não se pode misturar os fatos linguísticos atuais com os do século XIII, sob pena de não se elaborar uma gramática.

Gramática

Os Modos da Língua

Todo povo civilizado utiliza a língua por dois modos fundamentais: o modo vivo e espontâneo (língua coloquial), e o modo refletido, padronizado (língua culta, língua comum, língua padrão).

A língua coloquial apresenta vários desdobramentos, de acordo com as circunstâncias concretas. Cada um deles poderia estabelecer uma gramática própria. Assim, no Brasil, poderia haver uma Gramática do Português que se Fala no Cariri e uma Gramática do Português que se Fala nos Pampas Gaúchos, etc.

Contudo, a única gramática que interessa a todos é a gramática da língua culta, isto é, da norma linguística considerada ideal. Por isso, quando se fala em Gramática Portuguesa, está entendido que se trata da descrição ordenada e sistemática dos fatos contemporâneos da língua portuguesa literária, da língua padrão.

Divisões da Gramática

A Gramática se divide em Fonética, Morfologia e Sintaxe. Para se chegar a tal divisão, tomou-se por base as unidades linguísticas. A Fonética é o estudo dos sons, ou fonema, a menor unidade linguística. A Morfologia é o estudo das palavras, ou formas. A Sintaxe é o estudo da frase, a mais complexa das unidades linguísticas, constituída pelas palavras e suas relações para formar um sentido, transmitir uma mensagem, realizando assim o objetivo da linguagem humana.

Além disso, a gramática se diferencia em normativa, descritiva, histórica e comparativa. A normativa é o que chamamos de norma culta, como bem o nome diz. Essa modalidade gramatical é a utilizada em escolas, para ensinamento. Muitas pessoas veem a normativa como regras a serem seguidas. Mas, na verdade, a gramática normativa serve para que falantes de diferentes origens possam se comunicar, mais especificamente por escrito, de forma que a minimizar as transgressões gramaticais.

A gramática descritiva é uma análise da língua de acordo com suas mudanças, com o passar do tempo. Ela relaciona as alterações da língua falada com a escrita, de forma simples. A gramática em questão, como exposto no nome, é uma descrição dos fatos da língua.

A gramática histórica tem uma visão diferente da língua. Ela analisa a linguagem de forma histórica, desde a origem até as mudanças que ocorreram. Ela prioriza o estudo da forma com que as pessoas relacionam-se com as línguas, quais as mudanças que aconteceram e o por quê.

Já a gramática comparativa estuda a relação entre as línguas, quais são os aspectos semelhantes, diferentes, etc. Comumente a comparação acontece entre línguas da mesma família linguística, como as indo-europeias, latinas, dentre outros grupos. Assim, pode-se perceber diferenças, mesmo que sutis, entre elas.

Muitas pessoas tem a visão de que a gramática é apenas um amontoado de regras que devem ser seguidas à risca. Porém, a gramática serve para manter um bom diálogo entre as pessoas, de forma que elas se entendam prioritariamente no meio escrito.

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