A Semana de Arte Moderna

Importante marco do início do modernismo no Brasil, a Semana da Arte Moderna foi a apresentação ao público de um movimento de ideias renovadoras que vinha se articulando há algum tempo. Compôs-se de três apresentações no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922.

Os participantes da semana foram, entre outros, os escritores Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Mario de Andrade, Menotti del Picchia, Renato de Almeida, Oswald Andrade, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado. Os músicos Vila-Lobos, Otávio Pinto, Paulina d’Ambrósio, Ernani Braga e Alfredo Gomes também participaram. Vítor Brecheret, Leão Veloso, Haarberg, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Ferrignac, Zina Aita, Martins Ribeiro, Osvaldo Goeldi e John Graz, foram os artistas plásticos que também estavam presentes, além dos arquitetos Antonio Moya Georg Przyrembel.

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O Começo

A divulgação de ideias renovadoras no campo artístico-literário teve início em 1912, quando Oswald Andrade retornou da Europa e divulgou no Brasil o Manifesto Futurista, do artista italiano Marinetti. Em 1917, houve a exposição da pintora Anita Malfati, em São Paulo. Essa exposição foi atacada violentamente por Monteiro Lobato num artigo denominado Paranoia ou Mistificação. Ainda em 1917, deu-se o encontro entre Mario de Andrade e Oswald Andrade, as duas figuras centrais do movimento, e a publicação de algumas obras que já mostravam sinais de renovação. Durante os anos de 1920 e 1921, o grupo finalmente organizou-se , passando a divulgar suas ideias pela imprensa.

Os Grupos Modernistas

A independência da arte brasileira era uma das preposições dos modernistas. Após a Semana, com o rompimento de Graça Aranha com a Academia Brasileira de Letras, em 1924, ela efetivou-se, com a formação de dois grupos principais: o Pau-Brasil, dirigido por Oswald Andrade, e o Verde-Amarelo.

Do PauBrasil surgiu o grupo Antropofagia, tendo como componentes Tarsila do Amaral, Antônio de Alcântara Machado e Raul Bopp. O movimento retomou o primitivismo e uma atitude nacionalista caracterizada por uma visão crítica da realidade social, econômica e política. Do Antropofagia surgiu, por exemplo, Cobra Norato, de Raul Bopp. Dentro da linha de nacionalismo crítico, em 1928, Mario de Andrade publicou Macunaíma, a obra mais significativa do modernismo.

Como reação ao nativismo dominante, surgiu, ainda em 1928, o grupo da revista Festa, de convicções espiritualistas, tendo como principais representantes Tasso da Silveira e Cecília Meireles. No fim da década, apareceu o romance nordestino, de cunho social, cujos principais representantes são José Américo de Almeida, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Graciliano Ramos. Embora distintos entre si, todos esses grupos tinham como ponto comum o interesse pelo país e a renovação da arte.

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