Sabinada

Devido à decadência econômica ocorrida no período da Regência (1831/40), criou-se uma situação de revolta nas províncias que forneciam algodão e açúcar (Bahia, Maranhão e Pernambuco). Como não houvesse qualquer intervenção do governo central no sentido de resolver a crise, foram propostas, como solução, a separação da província da Bahia e a criação de um Estado independente. Entre os adeptos dessa solução estavam João Carneiro da Silva Rego e o jornalista e médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, cujo nome deu origem ao do movimento, por se tornar o principal líder da Sabinada.

Os revoltosos já estavam descontentes com muitos outros fatores, mas o estopim da revolta ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos, que ocorria no sul do país.

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Sabinada

Entre 6 de novembro de 1837 e 16 de março de 1838, militares baianos revoltaram-se e ocuparam a província, proclamando sua autonomia até a maioridade de dom Pedro II. Eles lutavam por mais autonomia política e defendiam a instituição do federalismo republicano, sistema que daria mais autonomia política e administrativa às províncias. Mais tarde, os rebeldes mudaram de posição, passando a lutar contra a aristocracia rural.

O Fim da Sabinada

A resposta do governo e da aristocracia foi imediata e os rebeldes foram derrotados em uma série de batalhas. Apesar disso, só em 1838 a revolta foi totalmente dominada, com violenta repressão aos sabinos. Muitas casas de revoltosos foram destruídas e a cidade de Salvador foi cercada pelos militares do governo. Muitos foram torturados e obrigados a confessar e seis dos principais líderes foram condenados. Foram mais de 2 mil mortos na batalha, entre militares e revoltosos e mais 3 mil revoltosos foram presos.

Apesar de fracassada, a Sabinada foi bastante importante, pois seus representantes, os liberais do Estado, conseguiram se infiltrar nas Câmaras Gerais.

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