Revolução Praieira
Última das revoluções que marcaram o início do reinado de D. Pedro II, a Revolução Praieira eclodiu em Pernambuco em 1848. Caracterizou-se como uma revolta popular contra a oligarquia dominante em Pernambuco. Acabou somente em 1850.
Em 1842 apareceu o Diário Novo, órgão oposicionista. Em torno do jornal aglutinaram-se os adversários da situação. Devido ao fato de o jornal estar instalado na rua da Praia, em Recife, os seus adeptos foram apelidados de praieiros e a facção tornou-se conhecida com o nome de Praia. Aos situacionistas era dado os nomes de baronistas, trapiches e por fim guabirus.
Além da insatisfação com a falta de autonomia política e concentração do poder nas mãos da monarquia, os revolucionários se rebelaram também contra o veto do liberal pernambucano Antônio Chinchorro da Gama para uma indicação para uma cadeira do Senado.
A Revolução
No início a luta se travou ao nível da imprensa, porém em novembro de 1848 eclodiu em Olinda o movimento armado. Liderados por Joaquim Nunes Machado e depois por Pedro Ivo da Silveira, os praieiros estenderam a revolução a toda a província. Veja na foto abaixo como se alastrou a Revolução:
Em 1 de janeiro de 1849, divulgam o Manifesto ao Mundo. Neste documento, os praieiros reivindicavam:
– Independência dos poderes e fim do poder Moderador (exclusivo do monarca);
– Voto livre e Universal;
– Nacionalização do comércio de varejo;
– Liberdade de imprensa;
– Reforma do Poder Judiciário;
– Federalismo;
– Fim da lei do juro convencional;
– Fim do sistema de recrutamento militar como existia naquela época.
O Fim da Revolução
Nunes Machado morreu lutando em Recife contra as tropas do presidente da província, Manuel Vieira Tosta. Pedro Ivo tentou invadir a Paraíba, sem lograr êxito. Passou então a desenvolver luta de guerrilhas no interior pernambucano. A rebelião foi debelada no ano seguinte com a rendição de Pedro Ivo e seus comandados. Pedro Ivo foi preso mas conseguiu fugir, falecendo enquanto viajava secretamente para a Europa.