Os Maias

Povo da América Central que alcançou elevado grau de civilização, os maias construíram um Império com uma base territorial de 325.000 quilômetros quadrados de superfície, população de cerca de 15 milhões de habitantes. Esse Império ocupava a maior parte da Guatemala e Honduras, os Estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Tabasco, e trechos de Chiapas e do território de Quintana Roo. Submetidos pelos conquistadores espanhóis a partir do século XVI, os maias deixaram nessa região da América cerca de 2 milhões de descendentes e centenas de cidades em ruínas, além de notáveis contribuições artísticas e científicas.

A história da civilização maia abrange três fases bem distintas:

  1. Período chamado pré maia, entre o início do 3º milênio a.C. e ano 317 da era cristã, durante o qual foi introduzida a cultura do milho;
  2. Período do Antigo Império, que vai de 317 a 987, e que se caracterizou pelo surgimento de grandes cidades, como Tikal, Uaxactun, Copán, Xultin, etc., por grande evolução na técnica da cerâmica, e pela invasão dos grupos nahuatl que pôs fim à unidade linguística dos maias;
  3. Período do Novo Império, que durou de 987 até 1194. Nessa fase histórica, grupos itza, tolteca e xiu fundaram Chichén, Mayapán e Uxmal e formaram uma poderosa liga, a Confederação de Mayapán, que se manteve unida até por volta de 1450. A pressão militar exercida pelos conquistadores espanhóis apressou a desintegração do Império, cujas últimas resistências foram esmagadas no final do século XVII.

    maias

    Os maias tinham uma arquitetura bem avançada

A Sociedade Maia

A sociedade maia dividia-se em quatro camadas ou classes sociais: os nobres, os sacerdotes, o povo (agricultores e operários das construções) e os escravos (prisioneiros e criminosos comuns). O Estado exercia controle sobre a vida social, e o governante máximo era o proprietário das terras trabalhadas pelos membros da comunidade.

Os maias possuíam uma agricultura diversificada, pois, além do milho, cultivavam feijão, batata, tomate, fumo, cacau e algodão. Tinham arquitetura e escultura expressivas e seus conhecimentos científicos ligados à agronomia, astronomia e matemática permitiram a elaboração do calendário agrícola, de um sistema de numeração e de calendário solar de 365 dias.

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