Mercantilismo

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas, adotadas pelo Estado absolutista na época moderna, que, apesar de serem diferentes em cada região ocorrida, tinham a mesma finalidade: fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia. Estas práticas começaram devido a grandes mudanças ocorridas na Europa entre os séculos XV e XVIII. A principal característica era a intervenção do estado na economia dos países europeus.

Novas políticas começaram a aparecer, sobretudo depois das grandes navegações, que fizeram com que os europeus começassem a usufruir ao máximo de todos os seus recursos. Podemos citar alguns fatores básicos que foram bases para a prática do mercantilismo.

Fatores que contribuíram para o fortalecimento econômico

  • Metalismo: acúmulo de metais preciosos, normalmente feito através da exploração colonial, já que a Europa passava por uma escassez de metais preciosos, principalmente ouro e prata. O metalismo foi o principal tipo de mercantilismo adotado nos países europeus.
  • Colonialismo: ter uma ou mais colônias e manter com elas o pacto comercial, que permite que estas colonias comercializem apenas com sua metrópole.
  • Incentivo à atividade manufatureira: por meio de leis regulamentadoras do trabalho, isto torna possível abastecer o mercado interno, sem importar itens, e exportar o excedente.
  • Balança comercial favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

Características mercantilistas dos principais países europeus

Como já foi dito, o mercantilismo foi adotado em toda a Europa, com a finalidade de fortalecer e enriquecer o Estado e a burguesia, mas em cada país tinha uma característica diferente. É o que veremos a seguir:

Espanha

Mudanças na Europa na Idade Moderna contribuíram para a prática do mercantilismo

Mudanças na Europa na Idade Moderna contribuíram para a prática do mercantilismo

Os espanhóis adotaram o metalismo, baseado em extração de metais preciosos de suas colônias. Inicialmente garantiu uma balança comercial favorável, porém acabou por mostrar-se desastrosa, pois desestimulou a produção agrícola e industrial no país.

Portugal

Já os portugueses praticaram diversos tipos de mercantilismo, desenvolvendo inicialmente  o mercantilismo comercial, resultado da descoberta das índias e da compra e venda de especiarias. Com o aumento da concorrência, concentrou-se nas colônias, praticando, inicialmente, o mercantilismo de plantagem, que se baseava na produção de itens agrícolas para consumo europeu. Logo depois, com a descoberta do ouro nas Minas Gerais, praticou o metalismo, sabendo-se que os metais preciosos estavam escassos no continente europeu.

França

Os franceses desenvolveram manufaturas de luxo, visando atender principalmente o mercado espanhol, além de procurar expandir suas companhias de comércio e sua construção naval. Sua política econômica é conhecida por Colbertismo, referência a Jean-Baptiste Colbert, ministro que mais a incentivou e ficou por 22 anos à frente das práticas econômicas da França.

Inglaterra

Os ingleses, não contando com colônias de exploração, adotaram o mercantilismo comercial, que consistia em comprar barato e vender caro, lucrando com o frete e estimulando a criação de companhias de comércio e a supremacia naval.

Fim do mercantilismo

A prática do mercantilismo só foi abolida no final do século XVIII, depois que começou a surgir uma nova ideologia econômica, o Liberalismo.

 

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