Inconfidência Mineira

No ano de 1789, em Vila Rica, sede da capitania de Minas Gerais, ocorreu uma conspiração que ficou conhecida como Inconfidência Mineira. Os conspiradores tinham por objetivos principais transformar a Colônia em República, com capital em São João del-Rei, e libertar o comércio nas regiões mineiras dos impostos cobrados pela Coroa portuguesa.

Todos esses objetivos, porém, dependiam da independência política. Unindo-se sob a orientação de vários líderes, entre os quais Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, José Álvares Maciel e Francisco de Paula Freire de Andrade, planejaram uma revolução armada no momento em que fosse realizada nova cobrança de impostos. Aliadas ao descontentamento geral, a recente independência dos Estados Unidos da América do Norte (1776) e as ideias liberais e republicanas vindas da Europa atuavam como reforço na decisão dos conspiradores. Mas o governador de Minas Gerais, visconde de Barbacena, suspendeu a cobrança, frustrando o movimento: os conspiradores tinham sido traídos por um de seus companheiros, Joaquim Silvério dos Reis.

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Tiradentes se tornou o símbolo da Inconfidência Mineira

A Morte de Tiradentes

Ao ser preso, Tiradentes negou tudo. Mas, sentindo que o movimento estava perdido, assumiu grande parte da responsabilidade, declarando seus companheiros inocentes. Enquanto a maioria dos conspiradores teve a pena suavizada, Tiradentes morria enforcado a 21 de abril de 1792. Seu corpo, esquartejado, ficou exposto nas ruas do Rio de Janeiro, como exemplo a futuras insurreições.

A revolta estava abafada. Mas no Brasil-Colônia já se iniciavam os primeiros passos em direção à Independência.

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