Renascimento Cultural

O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e se estendeu por toda a Europa até o século XVI.

As condições básicas que proporcionaram o Renascimento Cultural foram as transformações socioeconômicas ocorridas na Europa durante a Baixa Idade Média:

  • expansão urbano-comercial;
  • a ascensão da burguesia;
  • fortalecimento do poder real;
  • a fundação de universidades;
  • renovação dos contatos com o mundo oriental.

Mecenas

Os ricos mercadores agiam como mecenas, financiando artistas e literatos, pois isso significava prestígio político. Os Mecenas eram os reis, príncipes, condes, duques, bispos, nobres e burgueses poderosos, dotados de poderes econômicos, os quais financiavam e incentivavam as artes no período da Renascença. A posse de muitas obras de arte em casa representava riqueza, patrimônio e, com isso, crédito junto aos banqueiros, além de projeção e status social.

Antropocentrismo

Antropocentrismo

Antropocentrismo

A palavra antropocentrismo vem do grego, anthropos “humano” e kentron “centro”, que significa homem no centro. Havia uma crescente valorização do ser humano em oposição ao teocentrismo medieval que colocava Deus e o misticismo no centro das preocupações filosóficas. Como reação, os renascentistas estimulavam o antropocentrismo e o humanismo, ou seja, o ser humano como sendo o centro de atenção de todas as áreas de conhecimento. Por isso, os renascentistas procuravam inspiração na Antiguidade Clássica, nos modelos greco-romanos, onde estes ideais estavam presentes.

Humanismo

A princípio, o Humanismo foi identificado com a valorização de disciplinas relacionadas à vida humana, como Matemática, Línguas, História e Filosofia laica (não ligada à religião). Eram os estudos de humanidades. No primeiro momento, o Humanismo preocupou-se em buscar nas pessoas suas belezas, seus aspectos positivos, em contrapartida ao pensamento medieval, que entendia os seres humanos como “frutos do pecado”.

É importante destacar que o processo de valorização da humanidade não significou uma ruptura com a religião, ou seja, as pessoas não se tornaram descrentes. O Humanismo renascentista não rompeu com a ideia criacionista – permanecendo a ideia de que Deus criou a Terra e as pessoas – mas mudou a relação entre esses elementos.

Posteriormente, o Humanismo passou a identificar aqueles que analisavam de forma crítica as condições sociais, buscando uma outra maneira de viver distanciada daquele universo mágico e sombrio da Idade Média, e mais condizente com a nova realidade social.

Racionalismo

O conhecimento humano era uma constante preocupação filosófica. Por isso ficou conhecido como Racionalismo a corrente filosófica que atribuía confiança à razão humana, acreditando que vinha dela os conhecimentos. Segundo o racionalismo, tudo o que existe tem uma causa inteligível, ou seja, para atingir a verdade absoluta era preciso o pensamento por meio da razão.

Assim, o raciocínio lógico seria construído através da dedução de ideias, tal como os conhecimentos de Matemática, por exemplo.

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