Continentes

As sete grandes massas de terra que cobrem nosso planeta constituem os continentes: Ásia, África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Europa e Oceania. Cada um deles é com uma imensa “balsa” de granito que “flutua” sobre uma massa mais densa de rocha basáltica. A parte granítica do continente tem cerca de 11 quilômetros de espessura e recebe o nome de sial, por ser formada principalmente de sílica e alumina (óxido de alumínio). A massa basáltica situada embaixo, com uma espessura média de 24 quilômetros, contém sobretudo, sílica e óxido de magnésio, e chama-se sima.

Os continentes ocupam apenas 29 por cento da superfície do globo, que tem 315 milhões de quilômetros quadrados. O restante é coberto pelos oceanos e mares.

A linha da costa não é limite real do continente, pois a terra continua em declive mar a dentro, formando a chamada plataforma continental, de tamanho variável, mas que termina bruscamente depois de cerca de 200 metros de profundidade (a partir daí começam os abismos oceânicos). As plataformas continentais frequentemente contêm depósitos de minerais e de petróleo.

pangeia

Pangéia

Em 1620, alguns geógrafos observavam que a África e a Europa, de um lado do Atlântico, e as Américas, do outro, encaixavam-se como se fossem peças de um quebra-cabeça. Isso permitiu imaginar que esses continentes já tivessem formado um único bloco, depois dividido em várias partes, que durante milênios flutuaram longe uma da outra. Em 1908, essa ideia da flutuação ou deriva continental serviu para explicar a formação e distribuição das grandes cadeias de montanhas, que parecem paralelas dos dois lados do Atlântico. O cientista F. B. Taylor sugeriu que no período Cretáceo havia apenas duas grandes massas de terra: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul, que flutuaram em direção ao Equador, partindo-se em vários pedaços.

Em 1910, o meteorologista alemão Alfred Wegener formulou uma teoria semelhante para explicar as grandes mudanças climáticas que vários continentes sofreram em eras passadas. Um fenômeno que comprova essas alterações é a existência da hulha, tipo de carvão que é o resto fossilizado de florestas tropicais pantanosas, em lugares atualmente gelados, como o Alasca e a Antártida. Wegener encontrou uma explicação: em alguma época, esse material orgânico esteve perto do equador. E sugeriu que originariamente havia um só grande continente, a Pangéia, que se dividiu no período Cretáceo para formar a Laurásia e a Gondwana, separadas pelo grande mar Tétis.

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