O que são Relações de Simbiose?

Os organismos vivos de espécies diferentes relacionam-se de muitas maneiras, e frequentemente vivem em estabelecendo relações íntimas, que pode ou não serem determinantes para sua evolução e sobrevivência. Elas são muito importantes para todo o meio ambiente, e mesmo uma pequena mudança na natureza pode acarretar o desequilíbrio deste sistema delicado.

As relações a longo prazo que podem ou não serem benéficas para dois ou mais seres constituem-se em relações de simbiose. Todas as plantas, micro-organismos e demais seres vivos realizam relações simbióticas, por questões ambientais que as propulsionam. A simbiose se diverge em três principais relações: mutualismo, comensalismo e parasitismo.

Mutualismo: Algumas aves, por exemplo, mantêm simbiose com grandes mamíferos herbívoros, como o búfalo, o antílope, o rinoceronte, alimentando-se dos micro-organismos que se encontram na pele desses animais. Assim, elas dispõem de comida e os mamíferos se livram dos parasitas incômodos. Outras costumam arrancar sanguessugas ou outros animais da boca de crocodilos, que se entregam pacificamente a essa operação de limpeza.

Também há simbiose mutualística entre vegetais e animais. Geralmente, as plantas que têm flores são polinizadas por insetos e pássaros. Atraídos pelo néctar das flores, esses animais transportam de uma para outra o pólen que as fecunda. Essa relação é extremamente necessária para o meio ambiente, pois é assim que as espécies vegetais expandem e se reproduzem.

Há casos em que a simbiose é mesmo necessária à sobrevivência de alguma espécie. Isso acontece, por exemplo, com os cupins e os protozoários existentes em seu intestino. Os protozoários, que digerem a celulose (madeira) de que os cupins se alimentam, não têm condições de sobreviver fora do intestino do cupim. E este sem eles, não tem capacidade de digerir tal tipo de alimento. Este tipo de mutualismo é obrigatório, assim como ocorre com as algas e fungos, que unem-se numa simbiose tão perfeita que chegam a formar um outro vegetal, chamado líquen.

simbiose

Relação de simbiose entre o crocodilo e o pássaro

O mutualismo facultativo também pode ser chamado de proto cooperação. Nestes casos, ambas as espécies de beneficiam mas sua relação não é obrigatória, pois podem viver sem. Assim é a simbiose citada entre o crocodilo e o pássaro. É agradável e benéfico para as duas espécies, porém, elas podem sobreviver sem.

Comensalismo: Nesta relação uma das espécies se beneficia e a outra não sofre consequências, nem benéficas e nem maléficas. Este tipo de relação é harmônica. Tem-se como exemplos os leões e as hienas. As leoas, caçadoras da espécie, conseguem sua presa, se alimentam e deixam a carcaça para trás. Logo, as hienas espreitam e assim que veem que a carcaça está disponível, se alimentam dessa. Isso não prejudica os leões, apenas torna as hienas a espécie comensal.

Muitas das espécies que se relacionam em comensalismo tem esta mesma dinâmica: um animal se alimenta e o outro come as “sobras”. Por exemplo, o jacaré e o urubu e o tubarão e a rêmora.

Parasitismo: Nesta, uma espécie se beneficia e a outra sobre consequências maléficas. O organismo que recebe tem vantagem é o parasita, e o que é prejudicado se chama hospedeiro. Por exemplo, quando um carrapato se torna nosso parasita, sentimos coceira, irritação na pele e até febre. Enquanto isso, o carrapato se alimenta.

Alguns exemplos em plantas se dão com o cipó-chumbo, uma planta aclorofilada. Por tal característica, ela não consegue realizar a fotossíntese, e por isso, cresce por cima de em volta de outras plantas, realizando o parasitismo ao sugar a seiva por meio de suas raízes. Já a erva-de-passarinho sugam de outras plantas apenas água e sais minerais, sendo hemiparasitas.

A simbiose não é apenas uma relação simples que acontece nos ambientes. Ela pode ocasionar em processos evolutivos, com o passar do tempo, contribuindo para a especiação. As relações mutualísticas proporcionam vantagens para que certos seres convivam em um ambiente, e assim eles podem apresentar características diferentes de outros da sua própria espécie, gerando a especiação.

Por exemplo, a vespa do gênero Nasonia possuía uma relação mutualística com a microbiota que se localizava em seu trato digestivo. Esta simbiose ocasionou o isolamento reprodutivo e originou 3 outras espécies: N. vitripennisN. giraulti e N. longicornism. Inclusive, a N. vitripennis é uma espécie que se tornou letal.

Além destas relações, existem relações interespecíficas e intraespecíficas de competição e canibalismo. Estas acontecem quando duas ou mais espécies precisam do mesmo recurso no meio ambiente e precisam competir para determinar quais delas sairá em vantagem. A competição intraespecífica determina a densidade da população em certo local. Já o canibalismo é uma relação de acontece a predação de indivíduos da mesma espécie, como acontece com o louva-deus e espécies de aranha.

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